Na Idade Média, menestrel era o artista andarilho ou da corte que, a serviço dos senhores feudais, recitavam versos nas ruas e praças dos vilarejos. Eram conhecidos como os artistas do povo. Hoje, quase não se canta mais em ruas e praças e os senhores feudais foram relegados à história. Mas a saga dos menestréis persiste, continua viva, principalmente em algumas regiões do Brasil. Roberto Diamanso, sem sobra de dúvidas, é um deles. Diamanso é alagoano, tem treze filhos, sendo dez adotados. É instrumentista, compositor, estudante de teologia, poeta comprometido com o resgate do folclore nordestino e da cultura brasileira. Quem ouvir “Menestrel” ou “Plantas e Habite-se”, (o terceiro CD saí do forno em breve), vai encontrar MPB com cara nordestina. Vai se encantar com o sotaque que lembra Xangai ou Elomar, se deliciar com a mistura de forró pé-de-serra com cordel eco-apocalíptico. Ouvir (e ver) Diamanso é uma experiência única, daquelas que depois de vividas, devem ser guardadas, feito jóia preciosa, naquele baú de preciosidades que todos nós temos em algum canto do coração. Diamanso é um cantador do reino de Deus que nos faz enxergar, com suas músicas cheias de imagens, o que há de belo, puro e poético na alma do sertanejo que sofre sob o sol inclemente nas caatingas. Suas histórias, mescladas com humor e poesia, são repletas da sabedoria do homem simples, homem do povo. Suas cantorias são viagens ao som de violas, pandeiros, rabecas e acordeons, que nos faz enxergar um Brasil que raramente vemos em programas de tevê. É coisa linda de se ver, ouvir e guardar. Mais sobre o Diamanso:
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